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quinta-feira, julho 28, 2005



Tissot PRS 516
O meu novo brinquedo.

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Finalmente, acabei o curso.
Seis anos cumpridos em seis anos.
Quilos de fotocópias, toneladas de preocupações, centenas de avaliações, constantes apreciações e juízos...
Acabou por fim a vida de estudante. Dá-se início à vida de desempregado.
Com um sorriso nos lábios.

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sábado, julho 02, 2005



"The harder you practice the luckier you get."

Gary Player, um dos maiores joadores de golf de sempre.

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sexta-feira, julho 01, 2005

A janela do meu quarto, que se encontra, neste momento, à minha esquerda, está virada para a traseira do meu prédio. Mas não só. Parte da visibilidade é reduzida devido a uma parede do prédio, que fica à direita da dita janela. Depois de direitas e esquerdas, quero eu dizer que foi graças à parede, essa que descrevi, que vejo através da janela, aquela que está virada para a traseira do prédio, que me distraí do penoso trabalho a que me propus. E distraí-me porquê? Porque o sol está forte, reflecte na parede e encandeia-me os olhos.
Depois de descrito este pequeno drama pessoal, que justifica esta minha intervenção num blog quase abandonado e a precisar de uma remodelação urgente, venho aqui abordar um tema que me tem ocupado uns curtos momentos dispersos pelos últimos dias.
Vão dizer, já sei, que voltei a não ter nada que fazer. Dirão que o meu trabalho, por certo, não cansa, que não tenho problemas sérios que me ocupem o dia.
Mas aqui vai.
Como já referi, nos últimos dias, verifiquei (ou terei constatado?) que uma profunda alteração tem minado a nossa micro-sociedade, que é a das pessoas ditas normais. Portanto, exclui-se à partida cerca de 80% da população nacional. E que magnífica alteração é essa? Estou aqui a lembrar-me que não tenho registos de texto meu com tantas perguntas retóricas. Mas continuando… A magnífica alteração que pude apreciar reporta-se à recauchutagem das faixas etárias mais elevadas. Os velhos mais velhos morrem, os menos velhos vão ficando, a cada dia, mais rugosos e carcomidos… e tomam o lugar dos primeiros. O normal, dirão. Pois, e eu concordo. Agora é só fazermos uma contitas… Um “miúdo” que tivesse uns 30 anos nos meados da década de 60, terá agora, se o sexo, drogas e rock n’ roll não o tiverem corroído por completo, umas 70 respeitosas voltas ao sol.
Lembro-me de seguida das pessoas mais “giradas” que conheci. As que mais rapidamente me vêm à memória são os meus avós e as irmãs do meu avô. Pessoas descritas como sendo “de outros tempos” por apresentarem um comportamento e uma atitude perante a vida típicas de um passado conservador. Um léxico impoluto, guarda-roupa feminino sem lugar para calças, roupa interior que chegue, no mínimo, aos joelhos, saias que não permitem o bronze das coxas… Tudo isto se insere numa forma de estar, como já foi dito, conservadora.
Agora lembro-me, novamente, dos miúdos com 30 anos na década de 60 e o contraste entra pelos olhos dentro. A minha tia mais velha foi o exemplo que me chamou a atenção. Tem um temperamento explosivo, quando irritada. Imagino agora uma senhora com 75 anos, que os fará em pouco tempo, a dizer palavrões quando se irritar com alguém… Não encaixa… para mim não encaixa!!! Uma pessoa idosa tem sempre aquele ar conservador e que viveu já o suficiente para olhar o mundo de forma mais altiva. A questão é que estão aí a chegar dentro de anos os ex-hippies… Será que se vão converter todos à eterna melancolia dos rebuçados do Dr. Bayard???
Volto ao meu trabalho e baixo um pouco a persiana da janela.

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