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quarta-feira, junho 30, 2004



Na segunda-feira fui ao cinema. Havia uns bons meses que já não apreciava a 7ª arte no seu reduto. Fui ver "O Quinteto da Morte". Não digo que tenha ficado decepcionado, mas o Tom Hanks faz com que coloque a fasquia sempre bem lá no alto. Esteve muito bem no filme, comprovando uma vez mais as suas multifacetadas capacidades, mas a história em si é pobre e o desenlace por demais evidente. Apesar de divertido, bastante aconselhável a miúdos, não deixa de ser um filme mediano. Grande papel o de Irma Hall, uma velhota determinada que deita por terra todas as aspirações de um bando de criminosos incompetentes e desajeitados liderados pelo Professor Dorr (Tom Hanks), um habilidoso "enrolador" de velhotas. Para além destas duas boas prestações nada mais há a destacar num filme leve de sábado à tarde.

Fico à espera do próximo filme de Tom Hanks, "The Terminal", sob a batuta de Spielberg e que conta com a participação de uma das mulheres mais bonitas do cinema actual: Catherine Zeta-Jones.

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terça-feira, junho 29, 2004

Ainda não estou em mim... Pensei que à última da hora o tipo reflectisse e se recusasse a abandonar esta nau tão frágil e periclitante. Para onde irá este país...
Enquanto isso, vou morrendo de tédio com a terapêutica!!!

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domingo, junho 27, 2004

O verdadeiro Euro 2004...

e este tb...

e mais este...

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A música que me vai adormecer...

You've Got A Friend - James Taylor

When you're down and troubled
and you need a helping hand
and nothing, whoa nothing is going right.
Close your eyes and think of me
and soon I will be there
to brighten up even your darkest nights.

You just call out my name,
and you know whereever I am
I'll come running, oh yeah baby
to see you again.
Winter, spring, summer, or fall,
all you have to do is call
and I'll be there, yeah, yeah, yeah.
You've got a friend.

If the sky above you
should turn dark and full of clouds
and that old north wind should begin to blow
Keep your head together and call my name out loud
and soon I will be knocking upon your door.
You just call out my name and you know where ever I am
I'll come running to see you again.
Winter, spring, summer or fall
all you got to do is call
and I'll be there, yeah, yeah, yeah.

Hey, ain't it good to know that you've got a friend?
People can be so cold.
They'll hurt you and desert you.
Well they'll take your soul if you let them.
Oh yeah, but don't you let them.

You just call out my name and you know wherever I am
I'll come running to see you again.
Oh babe, don't you know that,
Winter spring summer or fall,
Hey now, all you've got to do is call.
Lord, I'll be there, yes I will.
You've got a friend.
You've got a friend.
Ain't it good to know you've got a friend.
Ain't it good to know you've got a friend.
You've got a friend.

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Agora que estou só no silêncio escuro da noite, perscruto os meus receios e medos... As horas tardias trazem-me esta melancolia venenosa que me afoga as mais claras certezas e me traz a inquietude característica dos fracos. À noite sou pior, valho menos, não passo de mais um no meio destes todos e mais aqueles. Ao som cadenciado do relógio de parede que me pauta o juízo não acredito em mim, não me acho uma aposta segura. Desintegro-me pelo penhasco abaixo e não resta nada para me fazer sorrir. É nestas alturas que gostaria de poder telefonar-te e ouvir a tua voz meiga falar-me das coisas triviais da vida a que tanto dás valor. Passa tudo a fazer sentido outra vez. Como é tarde não posso. O melhor mesmo é ir-me deitar...

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sexta-feira, junho 25, 2004

Socooooorro!
Esta semana foi para matar! Tenho a cabeça em água e o exame às 14h... As perspectivas são pouco animadoras. Que inveja tenho eu das pessoas que neste momento estão serenamente de bem com a vida a captar tímidos raios de sol...

Até logo!

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sábado, junho 19, 2004



A World Wildlife Fund divulgou recentemente uma excelente notícia: o número de Pandas existentes em estado selvagem nas florestas chineses ascende aos 1600 exemplares, mais 50% do que julgavam existir. Estes resultados são fruto de um intenso estudo no terreno e resultam da estreita colaboração entre a WWF e as autoridades chinesas, empenhadas nos últimos 24 anos em reverter a situação catastrófica em que a espécie se encontrava.
O grande desafio agora é conseguir interligar as várias manchas de floresta que constituem o habitat da espécie, existentes actualmente como vinte “ilhas” dispersas por seis cadeias montanhosas do território chinês. Será de fundamental importância para o futuro da espécie a formação destes “corredores” viabilizando a procura de machos e um adequado suprimento de rebentos de bambu.
Uma boa notícia para animar este fim-de-semana cinzento...

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quinta-feira, junho 17, 2004



Sempre tive uma espécie de fascínio por edifícios abandonados. Hospitais, hotéis, escolas, fábricas, refinarias, oficinas, centrais eléctricas... em todos eles pode ler-se a sua história, as suas vivências, nas “marcas” deixadas para trás pelos seus últimos ocupantes. Os letreiros descaídos, as portas seguras apenas por uma dobradiça mais resistente, as mesas e cadeiras velhas e descompostas deixadas para trás como lixo, as camas cujos colchões são agora ninho de ratos, os fios eléctricos descarnados que se descolam das paredes e ficam suspensos no ar poeirento, a tinta que se destaca dos tectos altos, os vidros partidos e recobertos por trepadeiras que os entrepenetram... Fico simplesmente extasiado a descobrir todos os pormenores e a tentar reconstruir os ambientes originais e histórias ali vividas. Não sei que explicação dar a este meu “fetiche” já que não sou apologista da desordem nem da destruição, mas fico deliciado a perscrutar tão desolados cenários. Para eventuais apreciadores visitar:

- http://www.abandoned-places.com/

- http://www.abandoned.ru

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quarta-feira, junho 16, 2004

Segundo noticia o Público, a "afluência de adeptos a Coimbra ficou aquém do previsto". Por um lado, acho positivo. Temo bem que essa trupe de ingleses, com vontade de vingar a recente derrota com a França, resolva começar a derreter tudo à sua passagem. Por esse lado, quanto menos adeptos melhor. Do ponto de vista da organização fica mais uma vez demonstrada a nossa total incapacidade. Os hotéis não estão esgotados, como se dizia, e o próprio estádio irá ficar aquém da lotação (30000 espectadores). Fala-se em 15 mil lugares ocupados durante o Inglaterra-Suiça. Pergunta-se então para quê um estádio com o dobro da capacidade que o clube que lá joga necessita. Nos "entretantos" lá se vai o nosso dinheirinho...

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terça-feira, junho 15, 2004

Quem melhor que o Villaret?!


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Cântico negro

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.


Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

José Régio

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quarta-feira, junho 09, 2004

um aperto miudinho
muitas voltas de ponteiros ainda
ritmo incessante, cadenciado
escrevem-se linhas irreversíveis
urge parar este desafio entrópico!

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domingo, junho 06, 2004


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sábado, junho 05, 2004



Ao meu lado, na varanda... nesse dia...

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Hoje deu-me para pensar em escovas de dentes... O diminuto uso que lhe fazem os portugueses levou-me a pensar quando estas teriam sido inventadas. Apontei para o início do século XX e enganei-me rotundamente.
Depois de uma breve pesquisa pela internet fiquei estupefacto ao saber que o primeiro relato de escovas de dentes data de 1498! - o preciso ano em que Vasco da Gama chega à Índia com as suas caravelas e marinheiros pejados de escorbuto e a anos-luz de quaisquer cuidados de higiene oral. Essa preciosidade teria sido encomendada para um imperador chinês, porventura um pioneiro na prevenção de cáries e gengivites. Pois enquanto o nosso Vasquinho se debatia com ventos traiçoeiros e ondas viperinas, havia um desgraçado artesão chinês que tinha como função agradar aos desejos de sua alteza - nada mais nada menos que uns pelos para esfregar nos dentes (para o cabelo eram já 20 as escovas da sua colecção privada). Vai daí este visionário "por obrigação" resolve adaptar uns pelos de porco a uma pega em osso "et voilà", saía a primeira escova de dentes da história.
Os "porcos" dos ocidentais, em plena idade média, ainda teriam que dar uns pequenos passos para deixar de ter os dejectos nocturnos espojados na rua à soleira da porta. As escovas surgem na europa em meados do século XVII mas só duas centenas de anos depois é que se tornaria um objecto comum.
Em 1938 DuPont troca-lhe as cerdas animais por fibras sintéticas, normalmente nylon.
Só tenho pena que no nosso país ainda haja pessoas (e crianças, o que é mais grave) que se esqueçam de utilizar este precioso objecto diariamente e que nunca tenham sequer ouvido falar em fio-dental (ou fio-dentário como se deveria dizer no português de Portugal). Mas, enfim, é o país que temos.

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sexta-feira, junho 04, 2004

Pálida, rosto esguio e olhar frio. Passaste no corredor deixando um rasto de perfume ácido que me arrepiou por dentro. As sandálias rasas que trazias escorregavam no chão polido e minavam a tua postura altiva. Não te conheci mais do que isto. “Desipocritamente”, o teu desaparecimento súbito não me faz maior mossa que o de um desconhecido.

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quinta-feira, junho 03, 2004

Absorto que ando pelo mundo da endodôncia, esforço-me nos últimos dias em argumentar um relatório que me poderá salvar de muitas complicações. Retoque aqui, retoque ali, assim se vai tentando construir a nossa defesa. Já me ralei mais com este assunto. Agora estou apenas preocupado, ciente de que o desfecho pode ser ou não a meu favor. Mas acima de tudo estou consciente que dei o meu melhor.
Por estes dias tenho pena de não poder aproveitar o magnífico tempo que se pôs. Vivo quase sempre debaixo de tecto, em pequenas estufas que não ajudam nada ao meu rendimento. A tensão baixa faz-me sentir um “zombie”, saio da cama já cansado e passo o dia inteiro a pensar em voltar para lá. Nem mesmo o comum café me faz levantar a “garimpa” e luto comigo mesmo para continuar de pé. Se fosse uma Maria Elisa certamente que me refugiaria na fibromialgia por forma a ser colocado como “adido cultural” numa grande capital europeia, remunerado principescamente e sem fazer nenhum. Vidas...

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