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sábado, janeiro 31, 2004

As grossas bátegas de chuva que me batem nas vidraças fazem-me acreditar que voltámos ao Inverno rigoroso que os dias de uma primavera insípida tinham desvanecido. Terei que adiar os passeios de mota, as escaladas e as corridas na praia com o cão ao fim da tarde.

A Primavera é, por si só, a mais bela época do ano, seguida de longe pelo Outono... Para 21 de Março ainda faltam 50 dias!

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quinta-feira, janeiro 29, 2004

IN THE CUT - ATRACÇÃO PERIGOSA



Como tinha prometido no post anterior venho fazer um pequeno comentário acerca do filme.

Tenho que dizer que a prestação da Meg Ryan me surpreendeu pela positiva. Num estilo completamente diferente do que nos habituou envolve-se numa intensa e complexa trama que se vai adensando ao longo do filme. Não faltam sexo, violência, suspense e alguma emoção. Apesar de tudo, pareceu-me demasiado "parado" em alguns momentos que exigiam mais energia... Longe de ser um grande filme, não achei que os 4 euros tenham sido deitados ao lixo.

O filme tem algumas cenas mais fortes, com um "blow-job" muito pouco discreto e a Meg Ryan aparece-nos várias vezes de "corpo inteiro" mostrando todos os seus atributos... Muito elegante - belo rabo! As "mamas", apesar de um pouco descaídas, até me pareceram bem jeitosas para os seus já 43 anos. E vê-se que é tudo natural... ;)

Ao que parece, no seu próximo filme - Against the Ropes - a actriz volta ao seu estilo preferido, a comediazinha de Domingo à tarde. Um filme que concerteza não irei ver...

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terça-feira, janeiro 27, 2004

Amanhã deverei ir ver o Atracção Perigosa e comentarei aqui o desempenho de uma atriz de filmes de fim-de-semana completamente fora de seu habitat.

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Voltou a chuva e já me está a "dar cabo" dos maus planos desportivos... Agora contento-me com a bicicleta estática que tenho no escritório e mantenho-me fiel aos 30 minutos de actividade. Um dia serei um grande atleta... ;)

Hoje tivemos uma visita, a primeira, provavelmente um distraído que se desviou de uma qualquer página interessante e veio cá parar. Chegou ao nada, ao deserto... terá gostado?

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domingo, janeiro 25, 2004

Nessa tarde de Agosto, um calor abrasador atestava as ruas da cidade. O ar era quente e seco tornando o ambiente pesado. Os fogos da época deflagravam aqui e além pela região e o cheiro a queimado surgia volta-e-meia, caso os ventos estivessem a favor.

Como os teus pais, por essa altura, nos impediam de passar férias sozinhos, acabávamos por aproveitar ao máximo tudo aquilo que nos era permitido fazer e que estava ao nosso alcance. Os passeios de mota eram um dos nossos "escapes". Nesse dia resolvemos ir à tua casa de praia, a qual eu visitava pela primeira vez. Ainda não tínhamos as nossas licenças de condução e a viagem fez-se toda por estradas secundárias como forma de evitar a polícia. Pó, buracos e valas foram a nossa companhia de viagem. Íamos entusiasmados mas ao mesmo tempo apreensivos por estarmos a transgredir um pouco as regras. É engraçado ver como estes pequenos momentos de alegria revividos à distância de uns anos têm outro sabor e parecem-nos de muito maior duração - o que se resumiu a uma tarde de verão ocupa na minha memória o espaço de dias inteiros de felicidade. Foram tempos vividos intensa e apaixonadamente, explicação dada...

Lembro-me de termos arrumado as motas na garagem da tua casa que ficava em cima da areia da praia, mesmo em frente ao mar, que nesse dia estava esplêndido - disseste que nunca o tinhas visto assim. Passeámos ao longo do areal como tu tanto gostavas, apanhámos conchas e descansámos nas dunas. Eu tenho um fascínio por dunas - elas dão-nos na praia uma das coisas que mais prezo - a privacidade - e protegem-nos do vento, que nesse dia não era forte. Ficámos deitados na areia e trocámos beijos quentes de desejo enrolados um no outro intensamente.
Ainda cometemos a imprudência de me mostrares a casa arriscando a coscuvilhice da vizinhança a que a tua mãe dava ouvidos. Desde logo me apaixonei por ela e visito-a sempre que vou àqueles lados. A própria vila de pescadores é muito acolhedora e completamente alheia à sumptuosidade das grandes povoações turísticas do litoral. Segundo a tua mãe a casa está assombrada pela alma do pescador que lá morreu num dia de tempestade. Eu diria antes que está cheia de histórias que lhe dão alguma personalidade. Foi nela que me apercebi da inevitabilidade do nosso futuro.

Tínhamos medo que os teus pais dessem pela falta da chave e o regresso foi em sobressalto mas correu tudo bem. Nunca ninguém soube das nossas escapadelas mais sérias.

Este dia de 6 de Agosto nunca sairá do álbum das minhas recordações...

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sábado, janeiro 24, 2004

Da minha janela não vejo a tua
Nunca vi
Ainda menos agora com a sombra carregada
Por muito que o horizonte alcance
Nunca verei daqui toda a liberdade que te prende a alma

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quinta-feira, janeiro 22, 2004

Andei o dia todo a cantar "Can't take my eyes off you" do Frank Valli...

Aqui vai a letra:

You're just too good to be true.
Can't take my eyes off you.
You'd be like heaven to touch.
I wanna hold you so much.
At long last love has arrived.
And I thank God I'm alive.
You're just too good to be true.
Can't take my eyes off you.

Pardon the way that I stare.
There's nothing else to compare.
The sight of you leaves me weak.
There are no words left to speak.
But if you feel like I feel.
Please let me know that it's real.
You're just too good to be true.
Can't take my eyes off you.

I love you baby, and if it's quite all right,
I need you baby to warm the lonely night.
I love you baby.
Trust in me when I say:
Oh pretty baby, don't bring me down, I pray.
Oh pretty baby, now that I found you. Stay.

And let me love you, baby. Let me love you ...

I love you baby, and if it's quite allright,
I need you baby to warm the lonely night.
I love you baby.
Trust in me when I say:
Oh pretty baby, don't bring me down, I pray.
Oh pretty baby, now that I found you. Stay.

Oh pretty baby. Trust in me when I say: Oh pretty baby ...

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Hoje sonhei contigo outra vez... A bem dizer parece-me mais que tive um pesadelo quando acordei, ao ver que tudo não passara de estímulos electro-químicos ocorridos em algazarra no meu cérebro durante a noite – era tudo perfeito, tudo como eu sonharia que acontecesse um dia.

Apesar de já não falarmos há várias semanas, parece-me que agora, quando falo contigo, não és a mesma, não és aquela que eu conheci. Partiste sem deixar rasto e deixaste no teu lugar um autómato que recria os teus movimentos assíncronos.

Sinto-me irreversivelmente órfão de ti e procuro incessantemente um refúgio emocional para a minha loucura.

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terça-feira, janeiro 20, 2004

Hoje decidi colocar um contador no meu blog... não que me faça grande diferença nem eu dou grande importância às "audiências"... garanto-vos que não haverá publicidade paga! Apenas pela curiosidade de saber se mais alguém esteve por este meu canto de privacidade na web. Por enquanto estou desinibido e com a consciência de que não vem cá ninguém.
Apesar de ter colocado o blog em algumas listas não faço publicidade a família e amigos pois quero dar-me ao luxo de aqui escrever tudo o que me vai na alma sem ter que de ser entendido, interpretado ou julgado pelos outros que me conhecem. Os que por aqui passarem e se derem ao trabalho de ler estas minhas linhas farão o seu juízo de forma transparente e imparcial e, caso queiram, mandei-me um e-mail.

Hoje perguntei-me diversas vezes... Abissínia, onde estás?

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Hoje baldei-me às aulas... A tarde de sol que me entrou casa fora enebriou-me o espírito e toldou-me as ideias e não resisti a tanto charme. Estou para aqui estatelado a escrever no portátil e a banhar-me em radiação. Sabe tão bem baldarmo-nos a certos compromissos de tempos a tempos...
Nos primeiros anos de faculdade era certo e sabido que ninguém me apanhava nas aulas teóricas mas à medida que os anos vão passando e as cadeiras vão sendo mais específicas as baldas saem mais caras... Este ano tenho sido exemplar pelo que hoje me senti no direito de ficar de molho depois da atarefada manhã de hoje. Ainda para mais não era dos assuntos que mais gosto... que luxo!

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segunda-feira, janeiro 19, 2004

São horas de me ir deitar... sei-o desde esta manhã, desde todas as manhãs da semana passada. O que é facto é que sofro de um sono especial. Só surge de manhã, fazendo-me sofrer imenso para poder chegar a horas aos meus compromissos. E todas as manhãs digo para mim: "hoje à noite ás nove e meia estou na cama... não falha!". O problema é que depois de um dia atarefado e sem grandes momentos de distracção, a noite surge como uma janela que se abre numa sala de fumadores. Posso então divagar um pouco pela net percorrendo os blogs da prache, ouvir uma música calma, ler um livro ou pôr as minhas "TIME" em dia. O problema surge na altura de parar, de dizer "basta que amanhã levanto-me com as galinhas"... aí leio mais uma página, mais um artigo e quando estou mais ou menos saciado já levo umas horas de sono a menos... resta-me o prazer de dormir satisfeito!

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quarta-feira, janeiro 14, 2004

Os momentos a seguir aos exames vão-me ficar marcados na memória para sempre. Aquele alívio súbito de "o que lá vai lá vai" e o "agora já não há nada a fazer", a descompressão total e sensação de ar puro nos pulmões deixa-nos num estado semi-letárgico idêntico ao pós-marretada-na-cabeça...
Ficamos pasmados a olhar o vazio, focamos ao acaso uma árvore na rua por quem tínhamos já passado inúmeras vezes sem notarmos nunca que tinha sombra, sorrimos para uma pessoa que passa por nós no passeio ou ficamos prostrados a gozar aqueles momentos de sublime bem-estar e a pensar que a vida é um jardim encantado. Passo recorrentemente por estes momentos e procuro saboreá-los ao máximo. Irão ficar marcados na minha memóoria como uma das melhores sensações da vida de estudante, eu que não aprecio os sabores etílicos tão vulgares neste meio. É a forma que eu tenho de me embriagar. Hoje foi um dia desses... Mesmo a preceito para compensar o mau pricípio de semana que tive.

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domingo, janeiro 11, 2004

Os Domingos são sem dúvida o pior dia da semana. Nos centros comerciais, cafés, esplanadas e restaurantes pululam as mais histéricas e mal educadas criancinhas cujos pais se regalam a ver berrar, chorar, correr e partir.
Os novos ricos saem com os seus fatos domingueiros e automóveis vistosos com cd's pendurados no espelho retrovisor. Falam alto, tratam a mulher por "esposa" e "mascam" o palito no fim da refeição, idealmente leitão, num daqueles restaurantes monstruosos que nos enfiam a comida esófago abaixo como os franceses fazem aos perús do foie gras (mas neste caso é só milho). Aqui não é tanto o fígado que sobre os desvarios mas sim o pescoço, a barriga e o colesterol.
Reunem-se habitualmente em família, e os tios, primos, avós, cunhados e enteados misturam-se numa amálgama gutural. Os mais novos trazem também o seu carro todo artilhado ("xunado" estaria mais adequado) com spoilers de fazer inveja aos F1, corres bizarras e todo o tipo de apetrechos desnecessários, apelativos e foleiros... Não há pachorra para uma dose destas! Por isso defendo que Domingo é o dia em que se deve ficar em casa a ver um DVD, ler um livro ou ter uma tarde romântica...

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Esta noite sonhei contigo... com o cheiro da tua almofada, com o calor dos teus lençois, com o aconchego do teu corpo... acordei com frio e perdido na imensidão do meu quarto. Terás tu sonhado comigo nos últimos tempos?

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Estes dias húmidos de inverno têm, para mim, um encanto oculto. Os momentos passados em frente à lareira depois de um longo passeio pelo monte ao frio e à chuva são dos quadros mais confortáveis que posso imaginar. A companhia de um livro e o cão a dormir esparramado aos meus pés que lhe servem de almofada colocam a cereja bem lá em cima do meu bolo. Mas para aqueles que designam por província tudo aquilo que não é a capital admito que estes dias se tornem monótonos quando já se conhecem por completo todas as lojas e filmes do Colombo...

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sábado, janeiro 10, 2004

São dias tristes estes em que penso em ti e em tudo o que nós fomos. Revejo os nossos bilhetes de cinema enlevado em nostalgia e tudo o que remonta à nossa era me traz recordações fantásticas de coisas que já lá vão. A irreversibilidade sempre me meteu medo, muito mais que a morte, e passo agora por uma crise dessas em que o horizonte se me apresenta turvo e indefinido. Penso que foste a mulher da minha vida. Já to disse. Pergunto-me se será possível encontrar um rumo e voltar a ter momentos de felicidade sem ti...

Desta prespectiva todo o nosso passado me parece adorável e irrepetível. Já passei a fase dos remorsos e penso agora que a inevitabilidade dos acontecimentos se impôs acima de tudo. Naturezas distintas, espíritos díspares, ambições antagónicas... afastamento, rotura...

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