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terça-feira, agosto 31, 2004

Vista Aérea de Brasília


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segunda-feira, agosto 30, 2004



Mais Gaudi...

Casa Batló

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TOU AQUI, TOU ALI 2

Alto! A partir daqui deixei de condescender com a minha cadeia de raciocínio e, largando por momentos os olhos da estrada, abri o porta-luvas e qual não é o meu espanto quando me deparo com uma embalagem de fraldas de incontinência... Pronto! Não estava com toda a certeza no Ibiza certo. Mas era preto, como o meu, duas portas, como o meu, abriu com a minha chave, como o meu... Talvez se eu já tivesse posto um comando na chave para abrir as portas tudo isto teria sido evitado.
O pior foi a seguir. Atarantado com a atribulada manhã que estava a viver resolvo parar numa estação de serviço, pegar num lenço de papel e passá-lo no volante, manete de velocidades, travão de mão e pega da porta - tal qual um ladrão profissional, já que se nós pagamos 4 euros para ir ao cinema ao menos que nos sirva para aprendermos alguma coisa! Por mais absurdo que isto me possa parecer agora, na altura foi a única luz ao fundo do túnel que engendrei... Podia perfeitamente ter voltado a levar o carro para a minha rua, voltar a estacioná-lo e poderia inclusivamente falar com o meu vizinho, dono do carro, a explicar a situação, isto se ele já se tivesse apercebido do percalço. Teria de ouvir uma Ana ainda mais histérica, mas isso já são contas de outro rosário. Mas não, vai de deixar o carro na estação de serviço e telefonar ao Pedro, meu amigo, para passar por lá, que eu mais tarde explicava. Assim foi. Levou-me a casa da Ana, "piursa" com a minha demora, trouxe o meu telemóvel e deixou-me em casa. Fiquei de lhe explicar no dia seguinte o sucedido mas entretanto nunca mais me perguntou e eu também não fiz questão de o pôr a par.
Já se passou um mês e entretanto ninguém da judiciária me veio bater à porta. Também já voltei a ver o Ibiza igualzinho ao meu aqui parado na rua, o que me descansou a consciência. Por outro lado pensei - se consegui abrir o carro do outro com a minha chave, às tantas o meu vizinho também consegue abrir o meu com a chave dele. Não é muito agradável pensar nisso. O que é certo é que nunca mais me esqueci do telemóvel em casa da Ana.

aGRI pINO

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domingo, agosto 29, 2004

TOU AQUI, TOU ALI

Era num dia de folga que me tinha de voltar a esquecer do telemóvel em casa da Ana. Ainda se fosse um dia de trabalho, pedia ao João que me desse uma horita e ia buscá-lo sem sacrifícios. Ao menos já me tinha levantado cedo, o maior esforço estava feito.
Mas não. Havia de ser num dia de folga. Muito trânsito na segunda circular e a ameaça constante que me pesava na cabeça dos maus modos com que ela me iria tratar ao ser obrigada a chegar tarde ao emprego por causa de mais um dos meus esquecimentos... a juntar às datas importantes que me passam a 200 à hora e de que apenas apercebo o erro pelo fácies irado com que ela me dá os bons dias. Ou nem isso!
Mas a essa hora nada eu podia fazer, nem mesmo acalmar o bicho, que agora um tipo não é nada sem a porcaria de um telemóvel, um pedaço de plástico elaborado pintalgado por metais contorcidos.
Ia eu meio atarantado de minha casa para a dela (é o que dá estas modernices de casais da nova geração que vivem em apartamentos separados por quilómetros) quando resolvo ligar o rádio e me apercebo que está sintonizado na Rádio Renascença... estranho, não morro de amores pelo António Sala e dá-me sono só de pensar em despertar pela manhã ao som do jogo da mala. O mais estranho é que a frequência estava gravada na primeira posição dos seis seleccionáveis para a FM. E reparo agora que há um autocolante no vidro de trás, encostado bem no canto inferior esquerdo a dizer: "Renascença é um espectáculo!".

(to be continued)

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sábado, agosto 28, 2004

Hoje tenho que sair de casa! Acontece sempre o mesmo quando estudo. Passo os dias inteiros encafuado em casa, perdendo tempo com programas de televisão estéreis em vez de respirar o ar poluído da cidade, que me habituou a equilibrar as ideias. Daqui a pouco sairei!

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quarta-feira, agosto 25, 2004



Parque Guel, Barcelona

Gaudi

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Hoje é dia de recomeçar a pegar nos livros. Tenho uma cadeira complicada dia 15 de Setembro que necessita de 3 semanas de estudo. Primeiro, arrumar o escritório e desimpedir a confusa secretária. Depois começar a marrar. Alegra-me o facto de ser a minha última época de Setembro. Não terei saudades destes tempos.

Os maus pais fazem hoje 31 anos de casados. Um feito raro nos dias que correm. Hoje à noite há rodízio!
Muitos parabéns.

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domingo, agosto 22, 2004

James Hines - Jogos Olímpicos, México 1968

Jim Hines foi o primeiro atleta a correr os 100 metros abaixo dos 10 segundos, vencendo a prova nos Jogos Olímpicos com um recorde mundial de 9,95s, o qual perdurou durante 15 anos, até 1983.
Este americano, oriundo do Arkansas, foi jogador de basebol durante a juventude, sendo detectado por um prospector de talentos e convertido ao atletismo. Em 1968, no campeonato nacional americano, Hines foi o primeiro a ultrapassar a barreira dos 10 segundos, obtendo um registo de 9,9s (manuais). Meses depois, nos Jogos Olímpicos, Hines depara-se com um clima algo tenso fruto de conflitos raciais no seu país e a ameaça de boicote dos atletas negros na equipa americana. Acaba por chegar à final dos 100m e vence-a. O seu verdadeiro tempo, envolto em alguma controvérsia, julga-se ser de 9,95s. Estabelecia-se um novo recorde do mundo.
Nesses mesmos jogos ajudaria a equipa americana a bater o recorde do mundo dos 4x100m (medalha de Ouro).

Em 1983, Calvin Smith bate o recorde estabelecido por Hines com um tempo de 9,93s.

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Medalhados Portugueses nos Jogos Olímpicos


1924
Paris(França)

Medalha de Bronze colectiva no concurso de obstáculos (Hipismo) - Aníbal Borges de Almeida, Hélder de Sousa Martins, José Mouzinho de Albuquerque e Luís Cardoso Mendes

1928
Amesterdão (Holanda)

Medalha de Bronze colectiva em espada (Esgrima) - Paulo d' Eça Leal, Mário de Noronha, Jorge Paiva, Frederico Paredes, João Sasseti e Henrique da Silveira

1936
Berlim (Alemanha)

Medalha de Bronze colectiva no concurso de obstáculos (Hipismo) - Luís Mena e Silva, Domingos de Sousa Coutinho e José Beltrão

1948
Londres (Inglaterra)

Medalha de Prata colectiva na classe "swallow" (Vela) - Duarte Manuel de Almeida Bello e Fernando Pinto Coelho Bello
Medalha de Bronze colectiva no concurso de dressage (Hipismo) - Fernando Pães, Francisco Valadas Jr., Luís Mena e Silva

1952
Helsínquia (Finlândia)

Medalha de Bronze na classe "star" (Vela) - Joaquim Mascarenhas Fiúza e Francisco Rebelo de Andrade

1960
Roma (Itália)

Medalha de Prata na classe "star" (Vela) - Mário Gentil Quina e José Manuel Gentil Quina

1976
Montreal (Canadá)

Medalha de Prata para Carlos Lopes nos 10.000m (Atletismo), com o tempo de 27.45.02
Medalha de Prata para Armando Marques no fosso olímpico (Tiro)

1984
Los Angeles (EUA)

Medalha de Ouro para Carlos Lopes na maratona (Atletismo) com o tempo de 02.09.21
Medalha de Bronze para Rosa Mota na maratona (Atletismo) com o tempo de 02.26.57
Medalha de Bronze para António Leitão nos 5.000m (Atletismo) com o tempo de 13.09.20

1988
Seoul (Coreia do Sul)

Medalha de Ouro para Rosa Mota na maratona (Atletismo) com o tempo de 02.25.40

1996
Atlanta (EUA)

Medalha de Ouro para Fernanda Ribeiro nos 10.000m (Atletismo) com o tempo de 31.01.63
Medalha de Bronze para Nuno Barreto e Hugo Rocha na classe 470 (Vela)

2000
Sydney (Austrália)

Medalha de Bronze para Fernanda Ribeiro nos 10.000m (Atletismo), com o tempo de 30.22.88
Medalha de Bronze para Nuno Delgado na categoria dos - 81kg (Judo)

Ouro 3
Prata 4
Bronze 10


TOTAL: 17 Medalhas

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sábado, agosto 21, 2004

Gosto de comprar revistas e jornais quando estou de férias. Às vezes não tenho tempo nem paciência para os ler. Pelo menos na altura certa, quando ainda não estão desactualizados. No entanto, a compra é compulsiva e são raros os dias que não me convencem as capas. Vai do desportivo (para vergonha minha, e grande; comprei o Record de hoje que vem com a revista Dez) aos interessantes, todos são alvos da minha carteira.

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Venho aterrado com as diferenças do custo de vida que a chegada do euro permite constatar de forma directa e inequívoca. Do preço da gasolina aos impostos sobre bens de consumo e até os preços dos automóveis fazem pensar como resistem os estóicos portugueses a tão rudes condições.
Atestei depósitos com gasolina sem chumbo 95 a 0,828 € em Andorra e a 0,0851 € logo ao passar a fronteira. Por cá a nossa Galp colocou a fasquia nos 1,074 €, isto se já não alterou os valores com as constantes subidas do preço do petróleo. Ouvi há pouco o Santana a pedir aos ministros alternativas energéticas viáveis. Penso ser um caminho fundamental.
Trabalhar, trabalhar, como dizia o outro (e esquecer as desgraças!).

Ah, é verdade, parabéns FCP por mais uma Supertaça.

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I'm back!

Depois de uns retemperadores dias pela Catalunha cá estou eu de volta à nossa terrinha. Que saudades!

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terça-feira, agosto 10, 2004

Three o'clock is always too late or too early for anything you want to do.

Jean-Paul Sartre (1905-1980)

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segunda-feira, agosto 09, 2004



- Please Mr.Bush, help me with those chinese...

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domingo, agosto 08, 2004

As gotas de chuva que hoje caíram, provocaram, para além de alguns acidentes, a libertação dos odores da terra. O fabuloso cheiro que se liberta após uma chuvada em período de seca é melhor que o perfume enjoativo do cânhamo.

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sábado, agosto 07, 2004



Amagiri - contratorpedeiro japonês que, a 2 de Agosto de 1943, abalroou o PT-109 comandado pelo Tenente John F. Kennedy, que dezessete anos mais tarde seria Presidente dos EUA.

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Anúncio brasileiro premiado em Cannes

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Porque é que o telefone toca sempre...

quando estou em pleno banho?

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sexta-feira, agosto 06, 2004

Que fazíamos nestes dias de calor?

Costumávamos vaguear pela cidade, sobre o chão em brasa que me derretia a sola dos sapatos. Mão dada, lado a lado, percorríamos nas piores horas todas as ruas que convergissem para os parques da cidade. Por lá nos encostávamos, saboreando um bom livro à sombra de uma árvore centenária do jardim. Lembro-me de termos lido Os Maias ao mesmo tempo, tu sempre um pouco mais avançada por fazeres batota e me dares avanço em casa. As tílias sob as quais sorvíamos a sombra já não existem. Ergueram-se em seu lugar monstruosos prédios que não mais darão a sombra nem o aroma de outrora.

A tua companheira inseparável era uma garrafa de água da qual gerias o consumo desde que saías de casa. Lembro-me de uma vez em que me atiraste com umas pinguitas de água e eu te ameacei, na brincadeira, dar-te um banho com a minha garrafa. Como me desafiaste de novo cumpri o prometido. Ficaste chateada o resto da tarde mas quando te levei a casa ao fim do dia despediste-te de mim como se nada tivesse acontecido.

Aqui há uns meses reli essa obra-prima do genial Eça e não consegui "desrelacioná-lo", durante toda a leitura, desse período fantástico em que o pouco que tínhamos era suficiente para nos trazer a felicidade. E era tudo tão simples, tão linear! Questionávamo-nos frequentemente a razão da infelicidade das pessoas e não compreendíamos o seu alheamento a tudo o que os rodeia e que é bom.

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quinta-feira, agosto 05, 2004

...e o chefe recomenda:



JibJab, um cartoon a parodiar com a capanha das presidenciais norte-americanas.

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A folha branca e lustrosa agarra e desgasta o carvão do lápis que empunho, já sem força e sem vontade, na tarde quente deste verão de Agosto feito. Derrota-me este torpor que se me apodera, vence-me o quebranto que me não larga desde que as férias chegaram.
Penso em mover o braço - começa a mexer-se, levanta-se um pouco da mesa de madeira à minha frente. Mas logo depois sinto um peso imenso a carregar-me o braço para baixo, a colar-me o rabo à cadeira, uma força a obrigar-me ao repouso. Que posso eu fazer? Vou dormir um pouco, que eu lembro-me de ficar muito melhor quando, em pequeno, dormia uma retemperadora sesta após o almoço.

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domingo, agosto 01, 2004

Alone

From childhood's hour I have not been
As others were; I have not seen
As others saw; I could not bring
My passions from a common spring.
From the same source I have not taken
My sorrow; I could not awaken
My heart to joy at the same tone;
And all I loved, I loved alone.
Then- in my childhood, in the dawn
Of a most stormy life- was drawn
From every depth of good and ill
The mystery which binds me still:
From the torrent, or the fountain,
From the red cliff of the mountain,
From the sun that round me rolled
In its autumn tint of gold,
From the lightning in the sky
As it passed me flying by,
From the thunder and the storm,
And the cloud that took the form
(When the rest of Heaven was blue)
Of a demon in my view.


Edgar Allan Poe

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